Procurador nega favorecimento e defende TAC assinado

O procurador Antônio Sérgio Tonet negou que tenha ocorrido qualquer favorecimento à Líder durante a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Segundo ele, o acordo foi auditado por especialista do Governo e seguiu critérios técnicos. “O acordo trouxe benefícios para o Estado, e o dinheiro foi devidamente aplicado”, afirmou.

Tonet disse que o promotor Paulo Márcio só foi afastado do caso por não ser natural da região. “Na época, havia promotorias paralelas de promotores que estavam lotados fora da região de origem. Havia muita pressão para eu acabar com isso. No caso do Paulo Márcio, ele era lotado em Passos, mas estava servindo em Montes Claros”, disse.

O procurador explicou também porque a procuradoria não levou adiante o pré-acordo de R$ 254 milhões assinado por Paulo Marcio e a Líder. “Apesar da insistência, nunca me mandaram a planilha de como o dinheiro seria aplicado”, disse.

Tonet negou que o TAC tenha contribuído para isentar os diretores das seguradoras de processos criminais. “Já faz muito tempo e o caso foi levado adiante por promotores que substituíram Paulo Marcio na região. Mas havia uma cláusula no TAC que previa penalidades”, afirma.

Ao ser questionado sobre sua ligação com Sad Júnior, Tonet disse que tem um bom relacionamento profissional devido aos cargos que ocupam. O procurador ressaltou que Sad é muito respeitado no meio jurídico e a legislação permite os procuradores de estado atuarem paralelamente para a Líder e outras empresas. “Ele só não podia atuar como representante do Estado e de uma empresa particular num mesmo caso”, disse. Para o procurador, não existiu conflito de interesse.

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